sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Uma palavra sobre o Pentecostalismo

Recentemente, na comunidade do Jonathan Edwards que eu faço parte no orkut houve uma discussão entre o mediador da comunidade e algumas pessoas de igrejas com “doutrinas” pentecostais.

Tudo começou porque o mediador gostaria de passar a comunidade para outras mãos, mas disse que a pessoa que assumisse aquele trabalho não poderia ser pentecostal, pois achava que não era o melhor pra comunidade e também porque não combinava muito com o estilo reformado ou do Jonathan Edwards.

Bem, eu publiquei um post na comunidade em que dou minha opinião sobre o pentecostalismo e sua relação com Jonathan Edwards. Segue então o post:

É interessante perceber que:
1) Não podemos incluir todos os movimentos pentecostais no mesmo saco;

2)Entretanto é necessário observar que estes movimentos tendem a enfatizar muito mais as experiências pessoais do que a própria Palavra de Deus.-Faço das palavras de Lutero as minhas: ''Eu não quero e nem peço experiências nem milagres, contanto que só a palavra me basta"* paráfrase;

3)O avivamento acontecido por (e na época) de Edwards foi um avivamento puritano, acontecido pela pregação única e exclusivamente da palavra, não foram experiências miraculosas nem nada parecido. Quando Edwards pregava (a Palavra), as pessoas se agarravam nas pilastras e pediam pra que o Senhor não as castigassem;

4)Vemos, porém que muitas igrejas tem sido usadas de formas nunca antes vistas. Não quero limitar a Deus quando digo isso, mas creio na revelação progressiva, ou seja, quanto mais as revelações escritas foram formuladas, menos o Senhor se revelou de formas miraculosamente espetaculares (o que não significa que ainda naum ocorram tais manifestações).

5)Somos irmãos em Cristo, frutos da reforma protestante. Lembremo-nos, então dos lemas da reforma: Só a Graça, só a Deus Glória, só Cristo, só Fé e Só as ESCRITURAS.

Conclusão: Para obtermos a πλήρωμα, Pleroma (plenitude) do Espírito, não precisamos falar em línguas, não precisamos estar na unção do pastor fulano, ou do leão.

Precisamos da graça, pois só a graça nos basta!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

MacArthur e a Psicologia


Muitos reformados têm sido afastados das verdades que crêem por conta de um integracionismo com a psicologia.

Faz parte do credo reformado a suficiência das escrituras, porém que suficiência é essa que busca complemento nos métodos humanos, que por definição estão errados (sendo o homem totalmente depravado não pode chegar ao conhecimento pleno da verdade, principalmente no que tange ao tratamento espiritual) e não são melhores do que os do Senhor.

A igreja atual tem buscado e empurrado o tratamento de seus membros para os chamados psicólogos cristãos que não chegam nem a cogitar problemas espirituais. Quem pode fazer a obra se não o Senhor? Entretanto, esses chamados psicólogos cristãos crêem em verdades diferentes. Para estes nós temos que nos ver como pessoas boas e que temos que encontrar respostas em nós mesmos.

Pra onde iremos se só o Senhor Jesus tem as palavras de verdade e vida eterna. Por que seriamos nós? Por isso deixo uma citação de John MacArthur em seu livro Nossa Suficiência em Cristo:

“Talvez pensemos que, no caso de não ser possível confiar em nós mesmos, podemos confiar em conselheiros qualificados. Mas, se não podemos extrair a verdade de dentro do nosso coração, como é que outra pessoa que também tem um coração enganoso (Jr 17.9-10) Poderá discernir a verdade sobre nós, colocando-nos num divã e nos ouvindo?”

Finalizo com a citação de Hebreus 4.12 – Porque a palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes e penetra até o ponto de dividir a alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.

Não vejo em nenhuma parte desse versículo que a psique humana (palavra usada no grego nesta parte) deve ser analisada pela bíblia e pela psicologia, assim como afirmam os integracionistas. Pelo contrário é uma afirmação exclusivista: Só a palavra de Deus! Não retornemos aos erros gnósticos de querer acrescentar algo à Palavra!